domingo, dezembro 16

Saudade dói?





- Mãe...
- Sim?
- O que é saudade?
- Hum... é quando você lembra de alguém que não está perto de você no momento, mas que você gostaria muito que estivesse.
- (...) ter saudade é normal?
- Quando você gosta muito de alguém... e queria muito que essa pessoa estivesse com você e não dá... é, é normal sim.
- E saudade dói?
- Não sei... acho que não, não fisicamente... acho que dói na alma...
- Tem cura?
- As vezes sim, as vezes não...
- Como Assim?
- Bem... pra curar a saudade é preciso estar com a pessoa que você sente falta... mas há pessoas que se foram pra sempre... ai a saudade não tem cura, não.
- humm... Eu acho que saudade dói.
- Por que você acha isso?
- Porque tô com uma saudade que chega a doer o peito...

N. Reis

domingo, dezembro 2

Lançamento do livro NO LIMITE DO VERSO da poetisa Carmem Maria Bastos.
Dia 6 de dezembro, as 11 horas, no Espaço Cultural João Cabral, na faculdade de letras UFRJ.
Não percam, as palavras vão te envolver, te encantar e te fazer querer mais!

"(...) É 00:09 e nada acontece, mas o nada é tudo. Ouço o reboliço dos pensamentos desarticulados. Não estou só (...)" Carmem Maria Bastos.

https://www.facebook.com/CarmemMariaBastos?ref=ts&fref=ts


domingo, junho 3

Camila S.

Por uns segundos achei que nao te reconheceria mais, que tudo o que eu sempre admirei fosse, simplesmente, morrer.
Olhei no fundo dos seus olhos, observei o seu sorriso e ouvi sua voz, cheia de sabedoria, autocontrole e dignidade. Ainda conhecia você.
Me dei conta de que não importa o quanto nós mudemos, o quanto nossos amigos mudem, o que mais admiramos neles nunca irão mudar, e se mudarem, descobriremos algo novo para admirar.
Amamos pessoas, não qualidades. Fazemos amigos, não escolhemos defeitos. Aprendemos a viver com defeitos e qualidades, e a gostar deles.
Independente das mudanças, seja de comportamento, opniões ou caminhos, a amizade sempre prevalece se construída tendo o amor como o principal alicerce.
Afinal, mudanças serem para dar um gosto diferente na amizade. E hoje, a nossa tem um gosto MUITO bom!

N.Reis


sexta-feira, maio 18

Gentileza

 Incrível como hoje um simples gesto de gentileza nos encanta: alguém segura a porta do elevador para você entrar, permite que você passe a frente no momento de sair do ônibus, estende a mão para ajudá-lo em um obstáculo. Atitudes simples, que fazem uma diferença enorme.

Um colega de classe, que assinava a lista de presença, atravessou a sala, de uma extremidade a outra, para me entregar a lista ao invés de gritar para eu ir buscar; uma gentileza concorda? Um rapaz no café distraiu-se e deixou cair 20 reais, o chamei e avisei, ele agradeceu e saiu, depois eu descobri que o meu café já havia sido pago, "mas por quem?" perguntei à garçonete, "pelo menino que voce avisou do dinheiro"; ele não precisava e eu não esperava, gentileza. Todas as vezes que almoço com um amigo, todas as portas são abertas para mim, é claro que posso fazer isso eu mesma, tenho mãos, mas ele é gentil, eu só posso agradecer e aproveitar.

Gentileza é coisa rara.

Provoca espanto e muitas vezes é mal interpretada. "Sera que ele está a fim de mim? Não, gatinha, ele só é gentil". "O que ele/ela quer em troca? Nada, pessoa, ele/ela só é gentil". "Tá querendo aparecer! Duvido muito, certas pessoas são gentis por natureza".

Já que gentileza é tão rara, cabe a nós, meros mortais privilegiados pelo ato, exibir o sorriso mais sincero e lindo no rosto e dizer um audível "Obrigado".

 

N. Reis

segunda-feira, abril 30

Relacionamentos



O que é necessário para que um relacionamento dê certo?
O amor?
A amizade?
A "política de boa vizinhança"?
Duas pessoas se conhecem, gostam da companhia uma da outra e decidem ficar juntas. Estão apaixonadas? duvido muito. Um dia ficarão?? há uma grande chance.
Mas e se a paixão não acontecer, vão se separar? mas por que, se eles se dão tão bem???
O nosso ideal romantico nos força a acreditar que um relacionamento só pode dar certo se for cheio de paixão, ciúme, sensações "sobrenaturais". E então voce conhece uma pessoa legal, que tem uma companhia agradável, compatível com voce nos vários sentidos para um relacionamento dá certo, mas voce não morre de amores por ela, ela nao preenche seus pensamentos 24h por dia, e se ela fica sem ligar o dia inteiro, voce não se importa, os dias são agitados, voces são pessoas ocupadas, a noite voce liga e diz um oi, sem estresse.
Mas há quem pense que para ter um relacionamento assim, é melhor nao ter nada; afinal, cade a emoção?
Nós e nossa síndrome de Hollywood...
Eu não sou a pessoa mais indicada para falar sobre isto, mas ouso afirmar que um relacionamento pode sobreviver sem paixão, desde que as duas pessoas se gostem, se respeitem e entendam que o amor é muito mais do que romantismo de cinema e que vocês se amam sim, por que não?

N. Reis

quarta-feira, abril 18

Meia Noite em Paris

Fazendo o blog de diário (novamente)

Ontem foi um dia interessante.
Havia baixado o filme "Meia Noite em Paris", do brilhante Woody Allen, que a qualquer momento vira filme da sessão da tarde, mas estava aguardando ter um tempo para sentar e assistir. Então a tv a cabo me ajudou exibindo ontem esse filme M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O.
Uma produção muito inteligente e artistica.
Imagina voce voltar no tempo e encontrar artistas que mudaram sua vida e sua forma de ver o mundo. Seria uma experiência e tanto, hein.
Se apaixonar, aprender mais, realmente se divertir.
Mas o filme não trata somente de encontros inesperados e paixões artisticas, o filme trata da insatisfação humana. O ser humano é insatisfeito por natureza, quanto mais tem, mais deseja, e mais insatisfeito se sente, e não me refiro a coisas materiais.
O personagem do filme, Gil Pender, acreditava que seu tempo, o século em que vivia (sec. XXI) era desinteressante, corrido, sem emoção; diferente dos anos 20, na sua opnião era a epoca de ouro de Paris, na qual sempre desejou viver. Ao viajar no tempo, Gil descobre que nos anos 20 algumas pessoas, insatisfeitas com a época, acreditavam que a Belle Époque (século XIX) era a época de ouro de Paris.
A revelação de que o problema não estava na época e sim em si mesmo, na minha opnião, foi o ponto alto do filme, o climax. E essa descoberta desencadiou as decisões do personagem: a decisão de viver em Paris, de acreditar no sucesso do livro em que estava escrevendo e de terminar um noivado que não dava certo.
Se a insatisfação é crônica, acho que viver-a-vida-até-a-ultima-gota seria um bom remedio pra ameniza-la.

"Meia Noite em Paris" entrou pra lista dos melhores filmes da minha vida. Me apaixonei.

N.Reis