segunda-feira, abril 30

Relacionamentos



O que é necessário para que um relacionamento dê certo?
O amor?
A amizade?
A "política de boa vizinhança"?
Duas pessoas se conhecem, gostam da companhia uma da outra e decidem ficar juntas. Estão apaixonadas? duvido muito. Um dia ficarão?? há uma grande chance.
Mas e se a paixão não acontecer, vão se separar? mas por que, se eles se dão tão bem???
O nosso ideal romantico nos força a acreditar que um relacionamento só pode dar certo se for cheio de paixão, ciúme, sensações "sobrenaturais". E então voce conhece uma pessoa legal, que tem uma companhia agradável, compatível com voce nos vários sentidos para um relacionamento dá certo, mas voce não morre de amores por ela, ela nao preenche seus pensamentos 24h por dia, e se ela fica sem ligar o dia inteiro, voce não se importa, os dias são agitados, voces são pessoas ocupadas, a noite voce liga e diz um oi, sem estresse.
Mas há quem pense que para ter um relacionamento assim, é melhor nao ter nada; afinal, cade a emoção?
Nós e nossa síndrome de Hollywood...
Eu não sou a pessoa mais indicada para falar sobre isto, mas ouso afirmar que um relacionamento pode sobreviver sem paixão, desde que as duas pessoas se gostem, se respeitem e entendam que o amor é muito mais do que romantismo de cinema e que vocês se amam sim, por que não?

N. Reis

quarta-feira, abril 18

Meia Noite em Paris

Fazendo o blog de diário (novamente)

Ontem foi um dia interessante.
Havia baixado o filme "Meia Noite em Paris", do brilhante Woody Allen, que a qualquer momento vira filme da sessão da tarde, mas estava aguardando ter um tempo para sentar e assistir. Então a tv a cabo me ajudou exibindo ontem esse filme M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O.
Uma produção muito inteligente e artistica.
Imagina voce voltar no tempo e encontrar artistas que mudaram sua vida e sua forma de ver o mundo. Seria uma experiência e tanto, hein.
Se apaixonar, aprender mais, realmente se divertir.
Mas o filme não trata somente de encontros inesperados e paixões artisticas, o filme trata da insatisfação humana. O ser humano é insatisfeito por natureza, quanto mais tem, mais deseja, e mais insatisfeito se sente, e não me refiro a coisas materiais.
O personagem do filme, Gil Pender, acreditava que seu tempo, o século em que vivia (sec. XXI) era desinteressante, corrido, sem emoção; diferente dos anos 20, na sua opnião era a epoca de ouro de Paris, na qual sempre desejou viver. Ao viajar no tempo, Gil descobre que nos anos 20 algumas pessoas, insatisfeitas com a época, acreditavam que a Belle Époque (século XIX) era a época de ouro de Paris.
A revelação de que o problema não estava na época e sim em si mesmo, na minha opnião, foi o ponto alto do filme, o climax. E essa descoberta desencadiou as decisões do personagem: a decisão de viver em Paris, de acreditar no sucesso do livro em que estava escrevendo e de terminar um noivado que não dava certo.
Se a insatisfação é crônica, acho que viver-a-vida-até-a-ultima-gota seria um bom remedio pra ameniza-la.

"Meia Noite em Paris" entrou pra lista dos melhores filmes da minha vida. Me apaixonei.

N.Reis